Brasília, domingo, 9 de março de 2025 - 1:30
8 de março: Pequim 30 anos depois
ONU Mulheres lança nova agenda de metas e alerta: “em 2024, quase 1/4 dos governos em todo o mundo relataram retrocessos nos direitos das mulheres”

A informação foi divulgada, na última quinta-feira (6), durante anúncio do relatório de 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim — plano com metas acordadas por 189 países pela igualdade de gênero.
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Segundo a ONU Mulheres (Organização das Nações Unidas Mulheres), o momento é de alerta para ameaças crescentes.
“Em vez da normalização da igualdade, estamos vendo a normalização da misoginia”, avaliou António Guterres, secretário-geral da ONU.
“Juntos, devemos permanecer firmes para tornar os direitos humanos, a igualdade e o empoderamento uma realidade para todas as mulheres e meninas, para todas as pessoas, em todos os lugares”, conclamou Guterres.
Avanços a aprimorar
A cada 5 anos, os países que aderiram à Declaração informam os avanços alcançados. O relatório de 2025 reuniu os principais, segundo dados de 159 governos.
Conquistas obtidas que podem ser aprimoradas:
• paridade na educação de meninas;
• redução na mortalidade materna em 1/3;
• representação em parlamentos dobrou; e
• eliminação de leis discriminatórias, com 1.531 reformas até 2024.
Com o título “Os Direitos das Mulheres em Revisão 30 Anos Após Pequim”, o relatório da ONU Mulheres aponta tópicos cruciais a superar.
Um desses é o fato de que, em 30 anos, apenas 87 países tiveram 1 mulher como chefe de governo.
O documento destacou outra grande fragilidade: “uma mulher ou menina é morta a cada 10 minutos por um parceiro ou membro de sua própria família”, informou.
Pequim+30
A organização também divulgou metas para nova Agenda de Ação Pequim+30:
• revolução digital para todas as mulheres e meninas;
• fim da pobreza;
• violência zero;
• poder de decisão pleno e igualitário;
• paz e segurança; e
• justiça climática.
“Desafios complexos dificultam a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, mas continuamos firmes, avançando com ambição e determinação”, afirmou Sima Bahous, diretora Executiva da ONU Mulheres.
“Mulheres e meninas exigem mudanças — e não merecem nada menos do que isso”, completou.
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