Brasília, terça-feira, 28 de janeiro de 2014 - 14:25 | Atualizado em: 31 de janeiro de 2014
TRABALHO
Reduzir a jornada é questão de humanidade, afirma Mônica Custódio
Fonte: Portal CTB
Fala foi dita durante Fórum Social Temático, realizado em Porto Alegre
Na última quinta-feira (23), a secretária nacional de Políticas de Promoção e Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio, participou de uma Oficina no Fórum Social Temático, em Porto Alegre, promovida pela Federação dos Comerciários do RS (Fecosul), para falar sobre a questão das mulheres no mercado de trabalho.
Mônica destacou que atualmente o setor terciário é um dos que mais gera emprego e cria possibilidade de desenvolvimento do ponto de vista social, econômico e cultural, entre eles, o comerciário.
"O setor terciário adquiriu avanços respeitáveis e o comércio está na ponta de lança porque é quem mais cresce, o que mais gera emprego e desemprega, onde a flexibilização do trabalho acontece com muito mais força e a pauta de reivindicações é mais questionada, tanto que hoje o reajuste do Salário Mínimo Regional do Rio Grande do Sul está sendo embargado pela Justiça", afirmou.
Para a sindicalista a necessidade de redução da jornada de trabalho é uma questão de humanidade. "E qual a condição objetiva que os comerciários têm em relação a carga de trabalho? Porque perante a lei a carga é uma, mas no cotidiano e na necessidade de se manter no emprego, a carga é outra".
De acordo com a sindicalista outra questão relevante, que ainda persiste, é a boa aparência. "Para ser funcionária de uma loja de shopping, você tem que ter determinado perfil, embora não ganhe mais por isso", disse.
E continuou: "A discriminação por gênero, etnia ou classe é cada vez mais nítida. Um dos trabalhadores que mais sofrem discriminação são os comerciários. Eles têm que ter todos os pré-requisitos para trabalhar em um shopping e essas condições não se revertem em plano de cargo e salário. Ao contrário, o comércio possui um dos maiores índices de rotatividade no trabalho, embora seja um dos setores que mais emprega".
Mônica lembra que essa forma de relação trabalhista, essa rotatividade, de salário menor, de não ter perspectiva de crescimento em seu local de trabalho, cria toda uma condição de insegurança, em especial para as mulheres, porque é nesta condição de trabalho que o assédio moral e o assédio sexual se estabelecem.
"E é nessa condição que as relações criam perspectiva de doença, ou seja, a saúde ocupacional é um ponto chave nessa relação de trabalho, porque são essas mulheres que vão estar ali, tendo todo o cuidado de não errar para continuarem empregadas. Então a pressão é redobrada nas mulheres, do ponto de vista psicossocial", afirmou.
"E nem é preciso dizer que essas mulheres comerciárias, assim como em qualquer ramo da economia, continuam ganhando menos. Embora as mulheres sejam a maioria no comércio, com maior índice de escolaridade, assim como na indústria, isso não se reflete na condição salarial delas", completou.
A cetebista também ressaltou que quando o jovem trabalhador não pode se manter empregado porque não tem experiência, é uma forma interessante do capital se colocar.
"Se você não pode ser empregado no shopping porque não tem a aparência exigida, existe a cultura da discriminação. É quando se acentua a diferença salarial entre homens e mulheres, negras ou não. Nós precisamos ter uma pauta única para isso. A Secretaria da Igualdade Racial, que é contra toda a discriminação no mercado de trabalho, defende trabalho e salário iguais para homens e mulheres, seja qual for a sua etnia", finalizou.
Mônica destacou que atualmente o setor terciário é um dos que mais gera emprego e cria possibilidade de desenvolvimento do ponto de vista social, econômico e cultural, entre eles, o comerciário.
"O setor terciário adquiriu avanços respeitáveis e o comércio está na ponta de lança porque é quem mais cresce, o que mais gera emprego e desemprega, onde a flexibilização do trabalho acontece com muito mais força e a pauta de reivindicações é mais questionada, tanto que hoje o reajuste do Salário Mínimo Regional do Rio Grande do Sul está sendo embargado pela Justiça", afirmou.
Para a sindicalista a necessidade de redução da jornada de trabalho é uma questão de humanidade. "E qual a condição objetiva que os comerciários têm em relação a carga de trabalho? Porque perante a lei a carga é uma, mas no cotidiano e na necessidade de se manter no emprego, a carga é outra".
De acordo com a sindicalista outra questão relevante, que ainda persiste, é a boa aparência. "Para ser funcionária de uma loja de shopping, você tem que ter determinado perfil, embora não ganhe mais por isso", disse.
E continuou: "A discriminação por gênero, etnia ou classe é cada vez mais nítida. Um dos trabalhadores que mais sofrem discriminação são os comerciários. Eles têm que ter todos os pré-requisitos para trabalhar em um shopping e essas condições não se revertem em plano de cargo e salário. Ao contrário, o comércio possui um dos maiores índices de rotatividade no trabalho, embora seja um dos setores que mais emprega".
Mônica lembra que essa forma de relação trabalhista, essa rotatividade, de salário menor, de não ter perspectiva de crescimento em seu local de trabalho, cria toda uma condição de insegurança, em especial para as mulheres, porque é nesta condição de trabalho que o assédio moral e o assédio sexual se estabelecem.
"E é nessa condição que as relações criam perspectiva de doença, ou seja, a saúde ocupacional é um ponto chave nessa relação de trabalho, porque são essas mulheres que vão estar ali, tendo todo o cuidado de não errar para continuarem empregadas. Então a pressão é redobrada nas mulheres, do ponto de vista psicossocial", afirmou.
"E nem é preciso dizer que essas mulheres comerciárias, assim como em qualquer ramo da economia, continuam ganhando menos. Embora as mulheres sejam a maioria no comércio, com maior índice de escolaridade, assim como na indústria, isso não se reflete na condição salarial delas", completou.
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