Brasília, terça-feira, 28 de julho de 2015 - 10:59
FALTA DE PROTEÇÃO
Brasil registra 5 milhões de acidentes de trabalho em um ano, diz IBGE
Fonte: Portal CTB
Atual e prioritário na pauta trabalhista, o problema se agravou nos últimos anos, revelam pesquisas recentes do IBGE, realizada em parceria com o Ministério da Saúde.
Divulgação

Nesta segunda-feira, 27, foi celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, data que marca a luta dos trabalhadores por segurança e salubridade no exercício profissional. Atual e prioritário na pauta trabalhista, o problema se agravou nos últimos anos, revelam pesquisas recentes do IBGE, realizada em parceria com o Ministério da Saúde.
Dados apontam que 4.948 milhões de trabalhadores sofreram acidentes de trabalho entre 2012 e 2013. O resultado aponta um quadro nacional bem mais grave do que se acreditava até então – o número de casos é quase sete vezes maior que o registro oficial apresentado pelo Anuário Estatístico da Previdência Social há dois anos.
Em parte, este aumento ocorre porque houve mudança no universo de trabalhadores analisados, bem mais amplo nesta pesquisa do IBGE. O anuário da previdência restringia-se aos trabalhadores com carteira assinada. O novo quadro é muito mais inclusivo e oferece um retrato mais próximo da realidade. E revela que o Brasil está mal na foto.
De acordo com o estudo, 2797 operários morreram em decorrência de acidentes naquele período – um trabalhador a cada três horas – e 33% dos atendimentos nos serviços públicos de saúde relatados envolveram vítimas de acidentes de trabalho.
O assunto é uma preocupação constante das centrais sindicais e dia 27 de julho foi a data nacional de prevenção aos acidentes de trabalho, instituída nos anos 1970. "Falta informação e há negligência especialmente por parte dos empregadores e da fiscalização", diz Elgiane Lima, trabalhadora rural e secretária da Saúde e da Segurança do Trabalhador da CTB.
Agrotóxicos
Os trabalhadores rurais são grandes vítimas dos efeitos nocivos do agrotóxico, veneno amplamente utilizado no campo e que está em primeiro lugar no número de mortes causadas por substâncias químicas (e em sétimo lugar em número de acidentes). Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, anualmente cerca de três milhões de pessoas são contaminadas por essas substâncias e 70% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento.
Fitmetal
Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência.
O País gasta cerca de R$ 70 bilhões nesse tipo de acidente anualmente. As principais causas são o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores e as más condições nos ambientes e processos de trabalho.
Entre as causas desses acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos.
"O Brasil sempre liderou a lista dos países com maior número de acidentes do trabalho", destaca Marcelino Rocha, presidente da Fitmetal. "Embora não estejamos mais no pódio, temos que nos lembrar que, em geral, esses acidentes acontecem devido a precarização do trabalho.
Hoje, estamos em um contexto político em que o Congresso apregoa a retirada dos direitos trabalhistas, em especial com a lei que escancara a terceirização, um fator que é a explicação para entender porque temos tantos trabalhadores acidentados", lembra ele.
Dados apontam que 4.948 milhões de trabalhadores sofreram acidentes de trabalho entre 2012 e 2013. O resultado aponta um quadro nacional bem mais grave do que se acreditava até então – o número de casos é quase sete vezes maior que o registro oficial apresentado pelo Anuário Estatístico da Previdência Social há dois anos.
Em parte, este aumento ocorre porque houve mudança no universo de trabalhadores analisados, bem mais amplo nesta pesquisa do IBGE. O anuário da previdência restringia-se aos trabalhadores com carteira assinada. O novo quadro é muito mais inclusivo e oferece um retrato mais próximo da realidade. E revela que o Brasil está mal na foto.
De acordo com o estudo, 2797 operários morreram em decorrência de acidentes naquele período – um trabalhador a cada três horas – e 33% dos atendimentos nos serviços públicos de saúde relatados envolveram vítimas de acidentes de trabalho.
O assunto é uma preocupação constante das centrais sindicais e dia 27 de julho foi a data nacional de prevenção aos acidentes de trabalho, instituída nos anos 1970. "Falta informação e há negligência especialmente por parte dos empregadores e da fiscalização", diz Elgiane Lima, trabalhadora rural e secretária da Saúde e da Segurança do Trabalhador da CTB.
Agrotóxicos
Os trabalhadores rurais são grandes vítimas dos efeitos nocivos do agrotóxico, veneno amplamente utilizado no campo e que está em primeiro lugar no número de mortes causadas por substâncias químicas (e em sétimo lugar em número de acidentes). Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, anualmente cerca de três milhões de pessoas são contaminadas por essas substâncias e 70% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento.
Fitmetal
Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência.
O País gasta cerca de R$ 70 bilhões nesse tipo de acidente anualmente. As principais causas são o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores e as más condições nos ambientes e processos de trabalho.
Entre as causas desses acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos.
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