Brasília, quarta-feira, 28 de março de 2018 - 11:17
Democracia brasileira ameaçada por grupos fascistas
Por: SÔNIA CORRÊA
O fascismo é uma conduta política extremamente autoritária, marcada pela violência, criando um inimigo que deve ser exterminado para garantir a supremacia de um grupo sobre outros que tenha opiniões diferentes das suas. No Brasil, a cultura do ódio, alimentada por grupos fascistas, vêm produzindo ações violentas que colocam em cheque a democracia do país. Leia mais.
Recentemente a execução da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, ganhou as páginas de todo o mundo, escancarando o nível de violência que é empregado pelo fascismo, com o objetivo de calar as vozes contrárias às opiniões da direita raivosa no Brasil. Outros casos também tiveram repercussão mundial, como o assassinato de Chico Mendes, por exemplo.
Mas, nos últimos quatro anos, pelo menos 24 líderes comunitários, ativistas e militantes políticos foram evidentemente executados em diferentes regiões do Brasil. Segundo o site Opera Mundi, “o levantamento não inclui mortes suspeitas de lideranças nem trabalhadores que não tinham, pelo menos de forma evidente, papel político de destaque. Usando esses dois critérios adicionais, a lista chegaria a centenas de nomes”.
O fascismo e suas garras no Brasil
Ontem, entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, um dos ônibus da caravana do ex-presidente Lula foi atingido por ao menos quatro tiros. Ninguém ficou ferido, mas o fato demonstra a escalada de intolerância e violência de cunho fascista que não suporta conviver com quem não pensa como esses grupos.
"A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus", afirmou Lula pelo Twitter.
Conforme publicado pelo UOL, integrantes da caravana relataram que o ônibus foi alvo de tiro de arma de fogo e de bala de chumbinho. Além dos tiros, ganchos de metal pontiagudos também foram colocados na estrada por onde a comitiva passou, furando um dos pneus do veículo. O próprio portal de notícias afirma que testemunhou o momento em que um dos motoristas do ônibus retirou os 'miguelitos' [como são chamados esse tipo de gancho] do pneu perfurado.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a caravana foi "vítima de uma emboscada" e cobrou uma manifestação das autoridades do país. "Nós não temos proteção. Vamos deixar que a política se transforme em um bang-bang? As pessoas vão atirar nas outras? Amanhã temos evento em Curitiba já marcado há muito tempo e temos que saber o nível de segurança. Ou as pessoas não vão mais poder ir à praça pública? Precisamos que as autoridades se manifestem", cobrou Gleisi.
A caravana de Lula tem sido alvo de protestos violentos. Em algumas situações, a comitiva já tinha sido recebida com pedradas. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando a agressão a quatro mulheres militantes do partido, ocorridas em Cruz Alta. Um padre também foi alvejado por uma pedra e atropelado por uma motocicleta em Foz do Iguaçu. E manifestantes têm bloqueado rodovias na tentativa de impedir que Lula entre nas cidades, como aconteceu em Passo Fundo.
Com sites e agências de notícias
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