Brasília, terça-feira, 22 de dezembro de 2009 - 15:24
ELEIÇÕES 2010
Com Arruda abatido por escândalos de corrupção, Roriz ganharia no DF
Fonte: Folha de S.Paulo, no Diap
O senador Cristovam, que governou Brasília entre 1995 e 1998, aparece com 17%

Na primeira pesquisa Datafolha depois do escândalo de corrupção que atingiu o Governo de José Roberto Arruda (sem partido), o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) venceria a disputa ao Governo do Distrito Federal no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
Em todos os seis cenários testados pelo levantamento, realizado entre os dias 14 e 18 deste mês, Roriz é o preferido de 44% a 48% dos eleitores. Para vencer no primeiro turno é necessário obter mais de 50% dos votos válidos - aqueles dados aos candidatos, excluindo brancos e nulos.
Arruda e vários aliados foram flagrados em vídeos recebendo maços de dinheiro - alguns escondendo as notas nas cuecas e nas meias. O caso veio à tona no final de novembro, e Arruda foi forçado a se desfiliar do DEM.
Sem partido, está legalmente impedido de disputar a reeleição e enfrenta vários pedidos de impeachment na Câmara Distrital.
Em março, antes da crise, Arruda pontuava no Datafolha 40% ou 41%, conforme o cenário. Agora, o instituto testou seu nome para aferir a reação do eleitor de Brasília ao escândalo. Arruda teria 8% ou 11%, em dois cenários.
O Datafolha entrevistou 510 eleitores no Distrito Federal. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
A saída de Arruda do páreo abriu um vácuo na sucessão ao governo de Brasília no campo contrário a Roriz. Nenhum político conseguiu herdar os pontos que o atual governador tinha em pesquisas passadas.
Apesar de as investigações da Polícia Federal atingirem o governo Roriz, o ex-governador, aparentemente, não foi afetado perante o eleitorado.
O senador Cristovam Buarque (PDT/DF), que governou Brasília uma vez (1995-1998), apareceu com apenas 17% em um dos cenários, mas é quem tem o melhor desempenho entre os adversários de Roriz.
No cenário com o pedetista, Roriz tem 44%; contra 17% de Cristovam; 9% do ex-ministro Agnelo Queiroz, que recentemente trocou o PCdoB pelo PT; 5% do vice-governador, Paulo Octávio (DEM); e 4% do senador Gim Argello (PTB).
Poupado pela cúpula do DEM, Paulo Octávio aparece citado em várias passagens das investigações do esquema de corrupção do DF.
Em depoimento recente dado em São Paulo, o ex-secretário Durval Barbosa, responsável pelos vídeos e por informações do inquérito, disse que entregou ao vice-governador R$ 200 mil há um ano e meio.
Em um cenário sem Cristovam, que pode optar pela reeleição ao Senado, Roriz tem 46% contra 11% de Agnelo Queiroz. Paulo Octávio tem 7%; o deputado distrital José Antonio Reguffe (PDT), 6%; e o senador Gim Argello (PTB), 5%. Roriz tem 17 pontos a mais que o total dos rivais.
Roriz tem 73 anos. Já governou Brasília quatro vezes (1988-1990; 1991-1994; 1999-2002; 2003-2006). Em 2007, assumiu uma vaga no Senado. Renunciou no mesmo ano para não ser cassado, acusado de receber propina de empresários.
"O quadro sucessório nos estados ainda pode ser bem alterado após o início da campanha, que é quando as pessoas se informam", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Na pesquisa espontânea (sem lista de candidatos), Roriz também é líder, com 23% de menções. Arruda, apesar da crise, tem 5%, seguido por Agnelo (2%). Paulo Octávio e Gim Argello têm 1% cada. As citações a Cristovam não atingem 1%.
O Datafolha perguntou aos eleitores se sabiam das eleições. Em Brasília, só 46% souberam dizer que haverá disputa pelo governo. O número de eleitores que dizem não saber ainda em quem votar - ou que votarão nulo, branco ou nenhum - chega a 28%.
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