Brasília, terça-feira, 23 de março de 2010 - 15:29
TRANSPORTE PÚBLICO
Sem acordo com GDF, metroviários param serviço novamente
Fonte: Tribuna do Brasil
Quem utiliza o metrô para se locomover enfrenta grandes transtornos nesta terça-feira (23). Por ampla maioria de votos, os metroviários decidiram na noite de segunda (22), em assembleia geral, retomar a greve suspensa na semana passada.
A paralisação, que começou à meia-noite, foi decidida após mais uma tentativa frustrada de acordo entre o GDF e a categoria, que recusou a proposta oferecida pelo Governo de reajuste salarial progressivo de 6,5%, em reunião na segunda-feira no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Para o coordenador geral do sindicato dos metroviários, Solano Deodoro, não houve nenhum avanço nas reuniões e as negociações retornaram à estaca zero.
Com isso, a partir de terça (23), somente 30% da frota de trens estará em funcionamento, acarretando imensos prejuízos para toda população do Distrito Federal.
Porém, assegura Solano, os funcionários escalados para trabalhar durante a greve, estão instruídos a cooperar no que for preciso para minimizar os problemas que possam ser ocasionados à população.
Não há previsão para a suspensão da greve, que será analisada dia a dia, durante manifestações da categoria. A próxima reunião dos metroviários está prevista para hoje às 20h, na praça do Relógio, em Taguatinga.
Impasse
Os representantes do Sindmetrô decidiram entrar em greve no último dia 15. Depois de dois dias de paralisação, o sindicato decidiu parar a greve até esta segunda-feira (22) e, caso a categoria e o governo não chegassem a nenhum acordo, a greve voltaria.
Durante esse período, o GDF estudou a proposta do grupo sindical de reajuste salarial de 60%, aumento de 30% na gratificação de risco de vida, 30% na gratificação por setor operacional, 30% de periculosidade, aumento no plano de saúde até novembro e a manutenção do ponto dos servidores que aderiram à greve nos dois dias de paralisação.
Segundo Ilair Antônio Tumelero, coordenador especial de assuntos sindicais do GDF, ao somar todas as reivindicações da categoria, o reajuste chega 150%. Para ele, é impossível que o governo conceda este índice.
Tumelero lembrou que GDF já ofereceu um aumento acima da estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,5%, e será pago duas vezes.
"O reajuste salarial oferecido pelo GDF será pago em abril e também repassado no mês de setembro, o que corresponde há um avanço de dois níveis da tabela salarial", declarou.
Tumelero reforçou que o GDF ofereceu o aumento no valor do vale alimentação de R$ 20,45 para R$ 26,90. Aumento de 10% no auxílio creche e passaria de R$121,80 para R$ 134,00.
Reajuste também de 10% no plano de saúde que passaria de R$ 133,46 para R$ 147,00, e em novembro, sofreria mais um aumento de 10% e chegaria ao valor de R$ 161,00 por dependente
O metrô tem hoje 1.100 funcionários, entre pilotos, agentes de estação e inspetores de segurança.
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