Em entrevista, Agnelo Queiroz (PT) expõe suas metas de governo

Brasília-DF, domingo, 19 de maio de 2024


Brasília, terça-feira, 3 de agosto de 2010 - 12:59

RUMO AO GDF

Em entrevista, Agnelo Queiroz (PT) expõe suas metas de governo


Fonte: Tribuna do Brasil, com ajustes

O candidato diz que seu grande projeto para Brasília é devolver ao morador do Distrito Federal o orgulho de viver numa cidade moderna, onde o atendimento em saúde será exemplar e modelo para o resto do país, onde não haverá nem jovens nem adultos analfabetos, onde os adolescentes receberão formação técnica junto com o ensino médio e onde o governo será uma referência na transparência da gestão de recursos, no combate à corrupção e às ações ilegais

reprodução

Em entrevista ao jornal Tribuna do Brasil, veiculada nesta terça-feira (3), o candidato ao governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT), respondeu aos questionamentos elaborados pela equipe do jornal expondo suas metas de governo.

O Tribuna do Brasil veiculará uma série de entrevistas com os candidatos ao GDF.

Serão enviadas aos candidatos as mesmas seis perguntas, que têm como intuito esclarecer ao eleitor o plano de governo de cada um em diversas áreas, de acordo com as aspirações da população e necessidades emergenciais de cada setor.

1 – SAÚDE: Quais seriam as soluções imediatas para problemas como a falta de medicamentos, leitos médicos, equipamentos para diagnóstico e qualificação profissional dos servidores que atuam nos hospitais da rede pública?

Mais do que descaso, há um desrespeito profundo à população do Distrito Federal que está desassistida nos hospitais e enfrenta um verdadeiro caos no atendimento à saúde. A primeira solução é impor a autoridade de governador que também é médico da área pública. Sou médico, conheço profundamente os problemas da população nessa área e serei o responsável direto por reerguer o sistema de saúde do DF no meu governo. Vou criar policlínicas em todas as cidades do Distrito Federal. Não serão meros postos de saúde. Serão minihospitais destinados a atender o cidadão e a cidadã, a administrar os primeiros medicamentos necessários e a marcar, se for o caso, consultas posteriores nos hospitais maiores e já existentes. Vou impor a esses minihospitais de cada uma das satélites o padrão de qualidade e de atendimento que já temos nos hospitais da Rede Sarah. Vou criar, também, o atendimento domiciliar público a quem precisa fazer análises clínicas. Se a rede privada de laboratórios faz isso, por que a rede pública não pode se organizar para fazer? Claro que pode. Se você desobriga o paciente de ir ao hospital só para fazer exame já descomprime as filas, a pressão por atendimentos e a desorganização que hoje vemos nos hospitais públicos. Fazendo isso é possível desafogar os hospitais e voltar a organizá-los. No meu governo o Distrito Federal terá 400 equipes do Saúde da Família e deixará de ser uma vergonha no atendimento à saúde bucal para passar a ser uma referência nesse setor. Também vou criar um sistema rígido de controle da administração dos estoques de medicamentos para coibir, reprimir e apurar eventuais desvios que são verdadeiros crimes contra a saúde popular.

2 – EDUCAÇÃO: Quais seriam as soluções imediatas propostas pelo senhor para aumentar a oferta de vagas na rede pública de ensino, melhorar a qualidade do ensino e reverter o péssimo estado de conservação das escolas públicas?

É fundamental começar da base: tornarei universal o sistema de creches no Distrito Federal para todas as crianças de 0 a 3 anos e também a oferta de vagas em pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos. No primeiro momento, antes mesmo da posse em janeiro, teremos de mapear as principais carências e atuar em regime de mutirão para o início das aulas em fevereiro de 2011, recuperando os aparelhos, as escolas que estiverem mais desestruturadas. Em seguida, começarei a implantar o sistema de educação integral em todas as escolas de ensino fundamental e médio do Distrito Federal, implantando também o ensino médio profissionalizante - técnico, tecnológico - para dar aos nossos adolescentes e jovens uma formação profissional desde a base escolar. Há programas de reciclagem e de aprimoramento da formação dos professores que estão à disposição do GDF, mas não são viabilizados aqui. Infelizmente. Mudarei isso e o professor que revelar interesse em fazer seu aprimoramento profissional terá todo o apoio do governo e do governador. Também é necessário comprometer os alunos e suas famílias com a conservação das escolas, mas é claro que o governo tem de fazer a sua parte fornecendo condições materiais e morais para isso. E nunca é demais lembrar a necessidade crucial de cuidar da segurança em torno das escolas ampliando o policiamento ostensivo nas quadras das escolas e nas suas vizinhanças. Polícia nas ruas para cuidar de nossas crianças também é uma ação pela educação.

3 – TRANSPORTE: Qual seria a solução mais adequada para melhorar a qualidade do transporte público sem aumentar o valor da tarifa e atender a toda população que vem do Entorno do DF para trabalhar no centro de Brasília?

A passagem de ônibus no Distrito Federal e nas cidades do Entorno não pode ser mais cara do que já é. Já é a passagem mais cara do Brasil. Não há saída sem trabalhar definitivamente a integração do sistema público de transporte e sem instituir o bilhete único. O bilhete único, implantado com sucesso pelo PT em São Paulo e depois copiado com sucesso pelo PMDB no Rio de Janeiro, as duas maiores metrópoles brasileiras, permite que o cidadão e a cidadã comprem uma passagem por um valor "x" - valor esse sempre inferior àquilo que ele gastaria para pegar, por exemplo, dois ônibus e se deslocar de sua casa até seu local de trabalho. Com aquele bilhete, que é único, ele tem o direito de circular pelos diversos tipos de transportes públicos - ônibus, metrô, microônibus, por exemplo - durante duas horas, ou duas horas e meia, sem ter pagar uma segunda passagem. Já se estima, no Rio, que durante um ano de funcionamento desse sistema os usuários de transportes públicos economizaram, em média, durante 12 meses, o equivalente a R$ 3 mil. Impor o bilhete único, ampliar a rede do metrô, estendendo-o até o fim da Asa Norte e concluindo todas as estações projetadas para Ceilândia e concluir as obras que já estão em andamento são a prioridade de meu governo nessa área.

4 - SEGURANÇA: O que poderia ser feito para melhorar a qualificação dos agentes de segurança pública e o atendimento às ocorrências, proporcionando mais agilidade e rapidez?

É preciso aumentar o efetivo policial nas ruas. É preciso voltar a colocar a Polícia Militar para fazer rondas ostensivas. O efetivo da Polícia Civil também é o mesmo há mais de uma década e a nossa população aumentou muito. Tem de resolver essa equação. Temos de investir em inteligência policial adquirindo para o GDF aquilo que há de mais moderno no combate à criminalidade. Ordenarei às minhas polícias, no Distrito Federal, que sejam implacáveis na repressão ao tráfico. Não podemos imaginar e permitir que em Brasília haja a reprodução dos índices de criminalidade registrados em outras cidades. Os postos policiais que hoje existem têm de ser a base das rondas ostensivas que estarão nas ruas, e não seguirem como postos estanques que não permitem mobilidade ao policial. Quem faz essas rondas nas ruas tem de estar equipado com automóveis modernos, ágeis, que permitam a ação policial imediata.

5- Qual será o seu grande projeto para Brasília?

Devolver ao morador do Distrito Federal o orgulho de viver numa cidade moderna, onde o atendimento em saúde será exemplar e modelo para o resto do país, onde não haverá nem jovens nem adultos analfabetos, onde os adolescentes receberão formação técnica junto com o ensino médio e onde o governo será uma referência na transparência da gestão de recursos, no combate à corrupção e às ações ilegais.

6 – Qual o lugar que o senhor mais gosta em Brasília (lugar específico)?

Adoro parar o carro no mirante do Colorado, na saída de Sobradinho, e olhar os contornos de Brasília, do Distrito Federal. Sobretudo ao entardecer. Quando escurece e todas as luzes estão acesas podemos ver o tamanho a que a nossa cidade chegou, em tão pouco tempo, e ficar imaginando como eram geniais Juscelino Kubitscheck, Bernardo Sayão, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Israel Pinheiro. Eles viram tudo. Todo o futuro onde ainda não havia nada.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com