Efeito colateral da vacina preocupa a população; esclareça suas dúvidas

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Brasília, segunda-feira, 26 de abril de 2010 - 14:39

GRIPE A

Efeito colateral da vacina preocupa a população; esclareça suas dúvidas


Fonte: O Globo

Reações variam de pessoa para pessoa e não são graves, segundo governo. Quarta etapa da campanha vai até dia 7 de maio

Segundo o diretor da Fundação da Vigilância em Saúde, Bernardino Albuquerque, os efeitos colaterais da vacina contra gripe suína são comuns em qualquer tipo de medicamento, mas no caso da vacina contra a gripe A, as reações variam de pessoa para pessoa e não são graves.

Ele ainda ressalta que esta é a única maneira de prevenção contra o vírus H1N1.

As pessoas com mais de 60 anos e que tenham doenças crônicas podem procurar os postos de saúde para se imunizar contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. Esta quarta etapa da campanha do Ministério da Saúde segue até o dia 7 de maio.

Quem deve tomar a vacina?
A vacina contra a gripe suína reduz a probabilidade de contrair a doença ou de transmitir a gripe a outras pessoas, explica a médica Maria Cristina Senna Duarte, mestre em Ciências pela Fiocruz/IFF e diretora médica da Neovacinas. Quem está no grupo de risco deve tomar a vacina, a não ser quem tem alergia a ovo ou mertiolate. Entre os que devem tomar a vacina, existem os casos de maior prioridade. É o caso das grávidas, que no inverno passado foram atingidas de forma mais grave pelo vírus.

Asmáticos devem ser imunizados?
A asma, assim como outras doenças respiratórias crônicas, podem dificultar a recuperação no caso de infecção. Se as crises forem fortes ou frequentes a recomendação é a imunização, diz a pediatria Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. Crianças asmáticas que costumam ter crises graves devem se vacinar para evitar complicações em caso de contágio. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a vacinação para todas as crianças de 6 meses a 5 anos.

Quais são os principais efeitos colaterais?
Febre, dores no corpo, sensação de moleza, dor no local da injeção e vermelhidão na pele por até 72 horas são as principais reações adversas. Os especialistas lembram que a vacina não causa a gripe nem aborto espontâneo em gestantes no primeiro trimestre.

Todos receberão o mesmo tipo de vacina?
Não. Segundo Isabella Ballalai, os postos de saúde terão cinco tipos de vacinas. Elas serão dadas de acordo com o perfil do paciente. Grávidas, por exemplo, não poderão tomar vacina com adjuvantes (substância misturada a vacina que estimula uma resposta mais forte do sistema imunológico).

Quem tomar a vacina de gripe suína tem que tomar a de gripe também?
Sim. Cada vacina protege contra cepas específicas do vírus. Tomar a vacina de gripe sazonal não garante proteção contra a gripe A e vice-versa. Alguns laboratórios produziram vacinas combinadas, que estarão disponíveis em clínicas particulares. A médica Maria Cristina afirma que não há problema algum em tomar a vacina combinada ou as duas separadas, pois o efeito no organismo será o mesmo.

Que tipos de doença crônica deixam a pessoa mais vulnerável à gripe?
- Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos);

- Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);

- Asmáticos (formas graves);

- Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória; Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);

- Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);

- Diabetes mellitus;

- Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);

- Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);

- Doença hematológica (hemoglobinopatias);

- Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);

- Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;

- Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

O vírus da gripe suína muda? É possível que nesta temporada o vírus não esteja tão letal?
- Uma das características do vírus é sua capacidade de mutação e todas as forças tarefas internacionais estão atentas. As medidas adotadas pelo Ministério da Saúde no Brasil segundo orientações da OMS apontam para um cenário positivo, uma vez que pelo menos 1/3 da população brasileira será vacinada - explica Maria Cristina.

Isabella Ballalai afirma que não há motivo para temer a vacina:
- Apesar do que possa parecer, a vacina não foi inventada do dia pro outro. Sua base já existia, assim como a tecnologia usada para fabricá-la. O que os pesquisadores precisaram separar foi a cepa da nova gripe.









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