Brasília, terça-feira, 6 de julho de 2010 - 17:27
REDE PÚBLICA
Fiscalização encontra merenda escolar à venda em Samambaia
Leite em pó e carne enlatada desviados da merenda de escolas públicas do DF
Há dois meses a Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) iniciou a Operação Iduna, depois de receber denúncias de que produtos alimentícios destinados a merenda escolar eram comercializados em mercados do Distrito Federal.
Na esta segunda-feira (5), uma denúncia anônima levou os agentes até o mercado L&V, na QR 125 de Samambaia, onde foi encontrada quantidade expressiva de leite em pó e carne enlatada, destinados ao consumo de crianças da rede pública do DF.
O proprietário do estabelecimento, Carlos Antônio Lima, 38 anos, não fez questão de esconder o produto que foi achado nas prateleiras do mercado. Na embalagem do leite em pó está escrito "produto institucional – venda proibida", já a embalagem das carnes continha os dizeres "Nutrição e educação é a solução".
De acordo com o diretor da Decap, Flamarion Vidal Araújo, Lima sabia que os produtos eram ilegais pois eles eram diferenciados. "Carlos Antônio Lima nos informou que passou um caminhão oferecendo os produtos em consignação. Quando ele vendesse tudo o caminhoneiro voltaria para pegar o dinheiro".
Flamarion afirma que a historia é muito estranha, já que Carlos afirmou que foi a primeira vez que pegou alimentos com o caminhoneiro e que não conseguiria reconhecê-lo. Carlos Antônio foi preso em flagrante por receptação qualificada. A pena é de três a oito anos de reclusão e é inafiançável.
O mercado foi fechado, mas pode voltar a funcionar normalmente até que o Governo do Distrito Federal, por meio da Agência de Fiscalização tome as providências para lacrar e multar o estabelecimento.
"Iremos rastrear a origem do produto para chegar ao ponto em que ele foi desviado. O nosso grande problema é que só o leite em pó e a carne têm a identificação de venda proibida. Produtos como macarrão e extrato de tomate são iguais aos que são vendidos nos mercados. Á primeira vista é impossível serem identificados", destaca o diretor.
Todos os produtos apreendidos pela Decap estão dentro do prazo de validade e serão redistribuídos para a alimentação dos alunos de escolas públicas.
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