Brasília, quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011 - 17:2 | Atualizado em: 3 de fevereiro de 2011
AÇÃO SINDICAL
Auxiliares de ensino do Inei se reúnem com diretor do SAEP
Por: Daiana Lima
Banco de Horas e o 2º Seminário do Sindicato foram tratados na reunião
Dando continuidade ao trabalho de divulgar o SAEP e buscar o seu fortalecimento na categoria, o diretor do Sindicato Mário Lacerda se reuniu, na última segunda-feria (31), com os auxiliares de educação do Colégio Inei, da Asa Norte, para tratar de assuntos de interesse dos trabalhadores daquela instituição.
O diretor explicou como se deu o processo de criação do SAEP, oriundo do desmembramento do sindicato que representa os auxiliares de ensino da rede pública, e todos os problemas enfrentados até a consolidação da entidade.
"Nós auxiliares do setor privado não nos sentíamos representados pelo SAE, por isso nos organizamos e criamos o SAEP", disse o diretor.
Lacerda ressaltou, ainda, que esse é o momento de fortalecer o Sindicato para garantir direitos e melhorar as relações de trabalho nas instituições de ensino do DF.
"O SAEP tem incomodado tanto nesses cinco anos que tem empregador que organiza os trabalhadores para enfraquecer o Sindicato. Por que será que o patrão nos organiza contra nós mesmos? Porque organizados somos mais fortes", afirmou.
Mário explicou que sindicato é uma ferramenta fortíssima que o trabalhador adquire para defender seus direitos e interesses.
"Ninguém ganha nada de graça, tudo é uma conquista. Quanto mais trabalhadores se filiar ao Sindicato, mais forte ele será para garantir conquistas", acrescentou o diretor.
Banco de Horas
Mário explicou que, embora esteja na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o Sindicato é totalmente contra o Banco de Horas na forma que ele é usado hoje pela maioria das instituições.
"O SAEP é a favor da hora-extra remunerada. Nos moldes em que o Banco de Horas está posto só interessa ao lucro", ressaltou Lacerda.
O diretor do SAEP acrescentou que o trabalho do auxiliar é indispensável nos momentos em que a escola está em plena atividade letiva e, por isso, deve ter uma política de valorização.
Sobre as horas do Banco aos sábados, domingos e feriados, Mário disse que a carga horária de trabalho é de 44 horas semanais e que a hora-extra, segundo a Constituição, deve ser no mínimo de 50% a mais.
"Porém, o Sindicato pede que aos sábados, domingos e feriados a remuneração tenha acréscimo de 100%", disse o diretor.
"O Banco de Horas nos empobrece, nos deixa mais miseráveis. Quando você for procurar FGTS, por exemplo, não tem, pois não vai incidir o valor das horas-extras", acrescentou Mário.
Seminário
Lacerda convidou os auxiliares do Colégio Inei para participarem do o 2° Seminário do SAEP, que acontecerá no dia 25 de março de 2011, no CET da CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio).
"Vamos trazer pessoas de outros lugares, autoridades envolvidas com a educação. Esse será nosso momento, dos auxiliares de educação com outros auxiliares, sem nenhuma hierarquia. É muito importante ter representantes do Inei no encontro", ressaltou Mário.
As inscrições para o 2º Seminário do SAEP podem ser feitas pelo site do Sindicato ou preenchendo o formulário impresso no informativo Notícias do SAEP, edição agosto/setembro.
Filiação
Mário ressaltou, ainda, que nenhum sindicato avança sem filiação e, para garantir mais direitos e melhores condições de trabalho, o Sindicato precisa ser fortalecido.
"E como é que se fortalece essa estrutura? É com a filiação. É preciso fortalecer o movimento de luta por nossos direitos. Só com a filiação poderemos avançar", disse o diretor do SAEP.
Mário chamou a atenção para a importância de o trabalhador se organizar dentro da sua instituição de ensino, não só com a filiação, mas, participando do Sindicato também.
40 horas
Ainda na reunião do SAEP com os auxiliares de ensino do Inei, foi discutido entre os trabalhadores a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário.
O diretor do Sindicato explicou que esta é uma das principais lutas no movimento sindical e só será possível por meio da mobilização de todos os movimentos sociais.
"Precisamos pressionar o Congresso Nacional, os parlamentares que irão votar o projeto para que seja aprovado. Com a redução da jornada todos ganham, pois vai gerar mais empregos e contribuir para o crescimento do país", afirmou Mário.
A PEC 231/1995, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário, é de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), e relatada na Câmara pelo deputado Vicentinho (PT-SP).
De acordo com o Dieese, a implementação da medida tem o potencial de criar cerca de 2 milhões de postos de trabalho.Há ainda as vantagens sociais, já que o trabalhador terá mais tempo para a família, o lazer e sua própria qualificação profissional.
A medida também vai contribuir para a diminuição dos acidentes de trabalho, resultado das jornadas exaustivas.
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