Brasília, sábado, 8 de janeiro de 2011 - 12:54
RACISMO
Pnad: agressões físicas são mais frequentes em negros e pobres
Fonte: Agência Brasil
Realizada com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, o suplemento revela que 2,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade foram vítimas de agressão física no país, o equivalente a 1,6% da população brasileira.
A maior parte das vítimas é homem (56,4%) entre 16 e 14 anos. Nessa faixa de idade, 2,2% da população sofreram uma agressão. Entre 25 e 34 anos, 2% também passou por essa situação.
Segundo a pesquisa, as agressões estavam ligadas à cor de pele. Do total de 6,9% de pretos na população brasileira, 14% disseram ter sido vítimas de violência.
Dentre os pardos, que representam 44,16% da população, 12,1% foram vitimizados.
Dos brancos, 11,9% passaram por essa situação, sendo que esses representam 48,22% da população.
Racismo
"Isso não é uma coincidência. É racismo", disse uma das coordenadoras da organização não governamental Criola Jurema Werneck sobre os dados.
"Esses jovens estão em situação de vulnerabilidade porque suas mães, seus pais e os outros negros estão ali. Porque as condições de direito e cidadania nunca foi estendidas até eles", avaliou.
A condição de vulnerabilidade dos jovens negros também reflete o rendimento per capita dos domicílios.
O levantamento constatou que o percentual de pessoas agredidas crescia em direção oposta à renda.
Enquanto 2,2% dos agredidos estavam na menor classe de renda (recebendo um quarto do salário mínimo), nas classes com rendimentos superiores ao salário, estava 1%.
Acima da média nacional, as regiões Norte e Nordeste registraram um percentual maior de vítimas, 1,9% e 1,8%, respectivamente.
Nessas localidades, a proporção de homens vítimas de violência foi de 2,4% e de 2,2%.
Por outro lado, nas regiões Sul e Sudeste onde menos pessoas sofrem agressões (1,4%), os homens vitimizados eram 1,8% e 1,5% da população.
Do total de entrevistados pelo IBGE, entre setembro de 2008 e setembro de 2009, a maioria dos agressores são desconhecidos das vítimas (39% dos casos).
O número de algozes conhecidos, porém, é de 36,2%.
Em 12,2% dos casos, os cônjuges foram citados, seguidos dos parentes (8,1%), policiais ou seguranças particulares (4,5%).
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