Pnad: agressões físicas são mais frequentes em negros e pobres

Brasília-DF, domingo, 15 de junho de 2025


Brasília, sábado, 8 de janeiro de 2011 - 12:54

RACISMO

Pnad: agressões físicas são mais frequentes em negros e pobres


Fonte: Agência Brasil

Realizada com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, o suplemento revela que 2,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade foram vítimas de agressão física no país, o equivalente a 1,6% da população brasileira.

A maior parte das vítimas é homem (56,4%) entre 16 e 14 anos. Nessa faixa de idade, 2,2% da população sofreram uma agressão. Entre 25 e 34 anos, 2% também passou por essa situação.

Segundo a pesquisa, as agressões estavam ligadas à cor de pele. Do total de 6,9% de pretos na população brasileira, 14% disseram ter sido vítimas de violência.

Dentre os pardos, que representam 44,16% da população, 12,1% foram vitimizados.

Dos brancos, 11,9% passaram por essa situação, sendo que esses representam 48,22% da população.

Racismo
"Isso não é uma coincidência. É racismo", disse uma das coordenadoras da organização não governamental Criola Jurema Werneck sobre os dados.

"Esses jovens estão em situação de vulnerabilidade porque suas mães, seus pais e os outros negros estão ali. Porque as condições de direito e cidadania nunca foi estendidas até eles", avaliou.

A condição de vulnerabilidade dos jovens negros também reflete o rendimento per capita dos domicílios.

O levantamento constatou que o percentual de pessoas agredidas crescia em direção oposta à renda.

Enquanto 2,2% dos agredidos estavam na menor classe de renda (recebendo um quarto do salário mínimo), nas classes com rendimentos superiores ao salário, estava 1%.

Acima da média nacional, as regiões Norte e Nordeste registraram um percentual maior de vítimas, 1,9% e 1,8%, respectivamente.

Nessas localidades, a proporção de homens vítimas de violência foi de 2,4% e de 2,2%.

Por outro lado, nas regiões Sul e Sudeste onde menos pessoas sofrem agressões (1,4%), os homens vitimizados eram 1,8% e 1,5% da população.

Do total de entrevistados pelo IBGE, entre setembro de 2008 e setembro de 2009, a maioria dos agressores são desconhecidos das vítimas (39% dos casos).

O número de algozes conhecidos, porém, é de 36,2%.

Em 12,2% dos casos, os cônjuges foram citados, seguidos dos parentes (8,1%), policiais ou seguranças particulares (4,5%).









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com