Jô Moraes: desafios para participação feminina no Congresso

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Brasília, quinta-feira, 20 de março de 2014 - 14:6

REPRESENTAÇÃO FEMININA

Jô Moraes: desafios para participação feminina no Congresso


Fonte: Portal CTB

“Temos que registrar uma questão que é de lamentar, é a estagnação política da representação parlamentar das mulheres”, afirma deputada

Embora sejam mais da metade do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda contam com baixa participação e representação política. No Congresso Nacional, apenas 10% das vagas são ocupadas por elas. Na Câmara dos Deputados, são 45 deputadas contra 468 homens, na atual legislatura. A tímida representação política feminina se matem mesmo depois de o cargo máximo da República ser ocupado por uma mulher.

Para a deputada Jô Moraes (PCdoB/MG), apesar de muitos avanços, o cenário é preocupante. "Temos que registrar uma questão que é de lamentar, é a estagnação política da representação parlamentar das mulheres. Em 2002, elegemos 42 mulheres, em 2010, foram 45. Mesmo depois da conquista das cotas para candidaturas, a representação parlamentar feminina tem vivenciado um período de estagnação", observou a parlamentar.

Diante disso, segundo a deputada, a Bancada Feminina na Câmara tem realizado uma intensa mobilização nos últimos meses.

"Lançamos a campanha Mulher Tome Partido, para estimular as mulheres a se filiarem em tempo de registrar suas candidaturas. Estivemos com o presidente do TSE, que acatou a sugestão de fazer uma campanha institucional de sensibilização da participação das mulheres na política. Estabelecemos, também, uma meta muito clara, que é: em todos os estados deveremos ter um esforço maior para eleger mulheres parlamentares. E nos estados onde já existe, que essa presença seja dobrada".

O trabalho desenvolvido pela bancada já registra bons resultados. "Tivemos um êxito importante. No último ano, das filiações partidárias, 64% foram filiações de mulheres, embora no seu todo tenha havido uma certa redução", comemora a deputada.

Avanços para se comemorar
Jô Moraes ressalta que, mesmo com os desafios apontados, há muito que se comemorar como avanço do ponto de vista do empoderamento e representação das mulheres, como o resultado das últimas eleições presidenciais, que, se somado os votos da presidente Dilma Rousseff e da candidata Marina Silva, 70% do eleitorado deu seu voto em mulher.

"Estamos vivendo um momento em que as mulheres estão tendo uma visibilidade muito grande em toda a vida da sociedade, e um momento também em que a sociedade tomou consciência de que o machismo explícito é uma chaga a ser combatida."

Neste Março Mulher, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres – 8 de março, a deputada comunista lembra dos avanços significativos para se comemorar.

"Tivemos conquistas importantes. Do ponto de vista legal, a legislação que criou a Secretaria da Mulher na Câmara, a legislação que assegurou uma presença efetiva das mulheres nos programas de TV dos partidos políticos. Do ponto de vista político, as mulheres só alcançarão o patamar necessário quando a democracia for radicalizada, quando o sistema político e eleitoral for modificado, e quando o voto se libertar das amarras do poder econômico".

Maior visibilidade
Mesmo com todos os entraves de uma cultura com raízes patriarcais e machista, as mulheres têm buscado maior empoderamento na vida social.

"As mulheres estão participando mais, elas são maioria nas universidades, têm crescido num elevado das doutoras e elas são quase 50% da população economicamente ativa. Isso significa que as mulheres não estão mais em casa, e ao invadirem as ruas elas dão visibilidade à sua força, à sua capacidade transformadora e, sobretudo, à sua vontade de ter um país sem violência nas ruas e nos lares", ressaltou a parlamentar.

Em relação ao mercado de trabalho, a deputada Jô Moraes afirma que a luta é muito dura, mas, é preciso convocar a sociedade para compreender que cuidar da trabalhadora é cuidar da espécie humana.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a participação das mulheres no mercado de trabalho registrou importantes avanços nos últimos anos, mas elas ainda representam a maioria dos desempregados e ganham menores salários do que os homens.









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