Trabalho infantil prejudica desenvolvimento da criança e causa doença

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Brasília, terça-feira, 26 de julho de 2011 - 14:52

EXPLORAÇÃO

Trabalho infantil prejudica desenvolvimento da criança e causa doença


Fonte: Agência Brasil

De acordo com pediatras, o ideal é que a criança não trabalhe, mas brinque

Os males causados pelo trabalho infantil no desenvolvimento da criança foram discutidos na última sexta-feira (22) durante o Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em São Paulo.

O tema foi apresentado pelo pediatra e professor Roberto Teixeira Mendes, do Departamento de Pediatria Social da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): "A criança precisa viver o seu momento lúdico, no qual não pode trabalhar", explica o médico.

De acordo com Teixeira Mendes, o trabalho infantil atrapalha o desenvolvimento da criança, principalmente o mental. Além de provocar efeitos mais imediatos como doenças infecciosas e traumas.

Segundo ele, esses efeitos vão depender da faixa etária e do tipo de trabalho que está sendo desenvolvido pela criança. Mas inevitavelmente ocorrerão.

"O trabalho pode ser exaustivo, pesado, insalubre e trazer efeitos imediatos, como intoxicação e traumas. Mesmo que o trabalho não resulte em nada disso, só por ser trabalho vai tirar a criança do seu momento específico de vida que é brincar, fantasiar e elaborar o mundo que a cerca à sua maneira. E a criança precisa de tempo e condições para fazer isso", disse.

De acordo com o pediatra, o ideal é que a criança não trabalhe, mas brinque. "A partir dos 15 anos de idade, quando o adolescente é capaz de compreender o mundo e a produção, o que é dinheiro e trabalho, ele pode eventualmente se inserir - se for vontade dele também - no mundo do trabalho.

Mas isso ainda não pode ser a sua principal atividade. "A principal atividade dele será se capacitar para o futuro", declarou.

O professor também falou sobre os problemas das doenças ocupacionais que, na criança, elas só aparecem na fase adulta.

"Doenças ocupacionais são idênticas em crianças e em adultos. A única diferença é que as doenças ocupacionais que vão causar malefícios a longo prazo não vão aparecer na criança. Vão aparecer no adulto. Mas a criança já está sofrendo com aquilo".

Mendes ressaltou que há hoje uma grande dificuldade para identificar o universo de crianças que trabalham no país, principalmente porque se trata de trabalho informal, em geral.

Por isso, o ideal seria a articulação entre os vários órgãos, associações e profissionais que trabalham com a criança e o adolescente para inseri-las em programas sociais que as livrem do trabalho.

"Precisa haver diálogo entre a escola, a família, a saúde, a sociedade de bairro e as regionais das secretarias das áreas de educação, esporte e lazer e saúde", disse.









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