Abertura na ONU: Dilma é aplaudida por líderes de todo o mundo

Brasília-DF, quarta-feira, 8 de maio de 2024


Brasília, quarta-feira, 21 de setembro de 2011 - 13:12

NAÇÕES UNIDAS

Abertura na ONU: Dilma é aplaudida por líderes de todo o mundo


Fonte: Portal Vermelho

A presidente do Brasil é a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. Como ela mesma disse, ´pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral´

reprodução

A presidente Dilma Rousseff pronunciou seu discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela externou a preocupação com o equilíbrio econômico internacional, diante da crise, com a manutenção do desenvolvimento social e com a questão ambiental. Falou também sobre a candidatura do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança e da nessidade de uma reforma do organismo. Ressaltou que é chegada a hora do reconhecimento do Estado palestino.

"Quero estender ao Sudão do Sul as boas vindas à nossa família de nações. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para seu desenvolvimento soberano. Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas [ONU]. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título", declarou, sendo aplaudida pela plateia, formada por líderes de todo o mundo. O assunto será amplamente debatido durante o encontro que acontece em Nova York, nos Estados Unidos.

Em outros momentos Dilma também foi aplaudida, como quando falou sobre a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU. "Muito se fala sobre a responsabilidade em proteger, mas pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. O Conselho de Segurança tem que ter legitimidade em suas ações, por isso a necessidade de sua reforma", disse.

Depois, para ilustrar o tema sobre a condução no processo de segurança mundial, citou as manifestações populares que vêm ocorrendo, desde o final de 2010, nos países árabes, conhecidas como Primavera Árabe. "É preciso que as Nações Unidas encontrem uma forma legítima de atuar, sem retirar a autonomia dos países e seus cidadãos na condução do progresso", reforçou.

Em seguida, abordou a candidatura do Brasil ao Conselho de Segurança , afirmando que o País está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente no organismo. Lembrou que o País vem atuando de maneira responsável na cooperação com países vizinhos como o Haiti, e que tem como base sua própria história de luta pela democracia.

Com relação aos direitos humanos, enfatizou: "O autoritarismo, a xenofobia, a pena capital, a discriminação. Todos são algozes dos direitos humanos". Em outro momento, lembrou que sofreu tortura no cárcere e que, por isso, sabe como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.

Ela lembrou também da atuação brasileira na busca pela preservação do clima no planeta, adotando fontes de energia renovável e convocou líderes para participar da Rio+20, que acontecerá no País, em junho de 2012.

Gênero
A presidente abordou o fato de ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU na abertura de seu discurso, enfatizando que este será o século das mulheres, e em seu encerramento, falando das conquistas sociais no Brasil e dos programas nessa área que priorizam a figura da mulher na condução da família.

"Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras", declarou Dilma.

Crise
A crise econômica foi o primeiro assunto abordado no discurso de abertura. A presidente brasileira ponderou que a prioridade deve ser a busca por soluções para os "países em crise com a dívida soberana", a partir da integração entre os órgãos multilaterais (ONU, G20, FMI, por exemplo). Observou, ainda, que se trata de uma crise "que é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política."

"Não haverá a retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e as demais instituições multilaterais, como o G-20, o Fundo Monetário, o Banco Mundial e outros organismos. A ONU e essas organizações precisam emitir, com a máxima urgência, sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica", disse.

Dilma Rousseff reforçou que os países desenvolvidos devem estimular seus mercados internos e flexibilizar suas políticas cambiais, quando necessário, para cooperar com o reequilíbrio.

"Urge aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade. É preciso impor controles à guerra cambial, com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se, senhoras e senhores, de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetárias excessivamente expansionistas como pelo artifício do câmbio fixo", afirmou.

Em seguinda, sugeriu que as instituições financeiras multilaterais devem passar por reformas e aumentar a participação dos países emergentes, principais atores no crescimento da economia mundial. Ao final, disse que o Brasil está fazendo a sua parte.

Clique aqui para assistir o vídeo do discurso na íntegra

Leia aqui a íntegra do discurso









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com