Cesta básica fica 3,25% mais barata e atinge menor valor desde 2008

Brasília-DF, segunda-feira, 16 de junho de 2025


Brasília, quinta-feira, 9 de setembro de 2010 - 15:30

ECONOMIA

Cesta básica fica 3,25% mais barata e atinge menor valor desde 2008

A compra de agosto foi a mais barata dos últimos dois anos para os moradores do Distrito Federal.

É o que revela o levantamento de preços da cesta básica divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O valor médio para adquirir os principais gêneros alimentícios que vão à mesa do brasileiro recuou 3,25% frente a julho, para R$ 213,98.

Na prática, são R$ 7,19 a menos. É o menor patamar de custo da cesta local desde março de 2008, quando o Dieese registrou serem necessários R$ 200 para comprar os produtos que a compõem.

Agosto foi o quarto mês consecutivo de recuo do custo da cesta básica no DF. No acumulado ano, houve queda de 3,71% nos preços.

O Dieese leva em conta variações de custo de 13 produtos para calcular o valor da cesta: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.

O item que mais contribuiu para o resultado geral em agosto foi a batata, que recuou 34,98%.

O arroz, cujos preços caíram 8,37%, ficou em segundo lugar. Banana e tomate baratearam, 7,14% e 5,71%, respectivamente.

Os bons resultados também foram registrados nas outras capitais que integram o levantamento.

De todas, apenas Porto Alegre teve alta mensal nos alimentos de 1,96% e é a cesta mais cara do país, R$ 240,91.

O DF registrou um dos maiores recuos de preços no período e caiu de sexto para sétimo colocado no ranking das cestas mais caras do Brasil.

Segundo Clóvis Scherer, supervisor do escritório do Dieese no DF, a queda dos alimentos em agosto é reflexo da oferta maior de produtos in natura — caso da batata e do tomate.

Ele destaca ainda que a conjuntura econômica favorece a oferta dos alimentos em geral no mercado interno.

Subiram de preço em agosto no DF somente cinco itens: a carne (0,31%); a farinha (1,59%); o pão (1,34%); o café (1,79%); e o óleo (2,23%). O aumento da carne é um movimento natural do inverno.

A alta da farinha e do pão está relacionada à escassez de trigo, cuja safra foi prejudicada pelo calor.

Luta
O custo da cesta básica no DF representou 45,61% do valor líquido do salário mínimo, atualmente R$ 510.

A quantia foi suficiente para um indivíduo suprir as necessidades mensais de alimentos, mas não atendeu ao consumo alimentar de uma família padrão (dois adultos e duas crianças).

De acordo com o Dieese, o gasto de um grupo de quatro indivíduos com alimentos seria de R$ 641,94 tomando em conta os preços de agosto.

Dono de um pequeno negócio de churrasquinhos, Josimar de Oliveira, 47 anos, casado e pai de três filhos, tem uma renda mensal de aproximadamente de R$ 2,3 mil. Morador de Ceilândia, ele diz que as cinco pessoas gastam R$ 750 por mês com alimentação.

O restante dos ganhos vai para o pagamento de contas de luz e água e gastos com transporte, vestuário, higiene e afins.

“Não senti esse barateamento da cesta básica. Se teve, foi muito pouco. O que eu sei é que (garantir o sustento) é uma luta todo mês”, afirmou.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com