Índice de reajuste de salários fica menor nos últimos quatro meses

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Brasília, terça-feira, 11 de outubro de 2011 - 14:45

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Índice de reajuste de salários fica menor nos últimos quatro meses


Fonte: Valor Econômico, no Diap

Para os economistas, o aumento da inflação tem reduzido o poder de barganha dos sindicatos nas negociações

A pressão dos reajustes salariais acima da inflação diminuiu nos últimos quatro meses. Entre junho e setembro, o aumento real médio negociado em 226 convenções coletivas de trabalho celebradas em todo o país foi de 0,83%.

O percentual é significativamente inferior à alta real de 2,55% acertada na maioria das negociações coletivas de trabalhadores metalúrgicos com data-base em setembro e também mostra um recuo em relação aos reajustes pagos no início do ano.

O Valor analisou 226 convenções coletivas registradas no Ministério do Trabalho, de categorias com data-base entre junho e setembro, e com validade até maio de 2012, pelo menos.

Entre as convenções analisadas, 25% dos sindicatos (60) conseguiram mais de 1% de ganho real, enquanto 20% (47) tiveram reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou menor.

O Banco Central e o Ministério do Trabalho vêm acompanhando os acordos coletivos feitos no país. Segundo os dados compilados pelo governo, o reajuste real médio pago em janeiro foi de 2,14%, considerando 35 categorias profissionais, e ficou em 1,95% em maio, na média de 197 acordos.

Para os economistas, o aumento da inflação tem reduzido o poder de barganha dos sindicatos nas negociações. Em janeiro, a inflação acumulada em 12 meses estava em 5,99%. Em setembro, ficou em 7,31%.

"O aumento da inflação e a crise externa podem ainda não ter causado grandes efeitos na economia brasileira, mas certamente afetaram as expectativas das empresas", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

"Estou curioso para ver as negociações a partir de agora. De um lado, a conjuntura econômica mudou, com revisões bastante significativas de crescimento, tanto mundial como brasileiro. Do outro, a inflação no Brasil avança", diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores.

Por regiões, o levantamento do Valor mostra que os acordos do Sudeste obtiveram o menor percentual de aumento real no período junho-setembro.









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