Brasília, quinta-feira, 14 de setembro de 2017 - 18:48
PRIVATIZAÇÕES
Trabalhadores lotam auditório da Câmara em ato contra as privatizações
Centrais sindicais, entre elas, a CTB, parlamentares e demais trabalhadores do setor público lotaram o auditório Nereu Ramos, na quarta-feira, dia 13, na Câmara dos Deputados, num ato de resistência ao pacote de privatizações anunciado pelo governo de Michel Temer.
Em defesa da Casa da Moeda, Eletrobrás e demais empresas públicas ameaçadas por esse governo entreguista, parlamentares do PCdoB, PSOL, PSB, PT e lideranças sindicais encabeçaram a luta contra o desmonte do Estado realizando uma Audiência Pública Contra as Privatizações, durante toda a tarde de hoje.
Convidado para responder pelo processo de venda das empresas públicas do país, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) esteve na Câmara, mas não compareceu ao auditório.
“Um governo que não passou pelas urnas não tem legitimidade política nem eleitoral para tentar se desfazer de um patrimônio histórico como a Casa da Moeda”, disse Aloísio, representante dos trabalhadores da estatal.
Durante o ato, os participantes foram surpreendidos com a notícia de que naquele momento a Casa da Moeda era visitada por uma delegação de empresários chineses, interessados na compra deste patrimônio público nacional.
“Nós não seguraremos essa avalanche de perdas e de derrotas se nós nos limitarmos aos muros do Congresso Nacional. Ou fazemos com que isso chegue ao povo brasileiro ou vamos perder tudo”, alertou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Em discurso, o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) e disse que "quando quem governa quer destruir o patrimônio e a dignidade do povo nós temos o direito de desobedecer e lutar contra a ordem”.
Os parlamentares Roberto Requião (PMDB), Patrus Ananias (PT), Glauber Braga (PSOL), Afonso Motta (PDT) e Vanessa Grazziotin ( PCdoB), integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, desenvolveram uma “Carta aberta aos embaixadores e investidores a respeito das privatizações de Temer". O documento alerta o corpo diplomático e os investidores com interesses no Brasil sobre os riscos de participar das privatizações promovidas pelo atual governo.
Em nome da CTB, o dirigente Paulo Vinícius reafirmou a luta da central contra a agenda de destruição do País, promovida por Temer. "O Brasil não é de Temer, a Casa da Moeda não é do Temer, a Amazônia não é do Temer, o voto do povo brasileiro não é de Michel Temer", enfatizou.
Mário Teixeira, vice-presidente da CTB e também presidente da Fenccovib (Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias) e diretor para assuntos internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF), chamou a atenção para a privatização dos portos - setor estratégico do País.
Segundo afirmou o dirigente, o setor portuário responde por 97% das importações e exportações brasileiras. "Nós estamos atingidos diretamente por esse processo de privatizações. O Temer está entregando toda área portuária pública para a iniciativa privada. E o pior, para o capital estrangeiro, para os grandes oligorpólios multinacionais", avisou.
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