PDT cogita sair do ‘bloquinho’ para transferir apoio a Temer

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Brasília, terça-feira, 6 de janeiro de 2009 - 19:11

CONGRESSO

PDT cogita sair do ‘bloquinho’ para transferir apoio a Temer


Fonte: Gazeta do Povo

Candidatura do peemedebista pela presidência da Câmara dos Deputados ganha força. No Senado, Tião Viana (PT) diz que já tem 52 dos 81 votos para assumir o comando

Favorito na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Michel Temer (PMDB/SP) obteve mais uma vitória: a sinalização que o PDT o apoiará. Temer conversou com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que deu indícios de que seu partido deverá romper o apoio à candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) para ficar ao seu lado.

 

"É muito provável que o PDT venha conosco", afirmou Temer, um dos poucos parlamentares presentes ontem no Congresso. "O ministro Carlos Lupi disse que há uma tendência de o PDT apoiar a minha candidatura. Mas vamos esperar o partido se manifestar".

 

Se o PDT apoiar a candidatura de Temer, o peemedebista contará com o maior número de partidos a seu favor em comparação aos demais candidatos à presidência da Câmara. Já oficializaram apoio a Temer o PMDB, PSDB, DEM, PTB, PPS, PR, PV, PSC e PHS.

 

A mudança de lado, se ocorrer, vai impactar diretamente na eleição presidencial de 2010. O PDT, ao deixar o chamado "bloquinho" (composto ainda por PSB, PCdoB, PMN e PRB) poderá apoiar o candidato do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha natural, até agora, era compor a chapa de Ciro Gomes (PSB).

 

Temer disse ontem que já visitou todos os gabinetes da Casa e que pretende passar o mês de janeiro em Brasília na articulação da campanha. Segundo ele, que já foi presidente da Câmara, o tipo de campanha que dá mais resultado é baseada em dois pilares: a questão institucional e o diálogo direto com os deputados.

 

Tanto é que o peemedebista dispensa folheto, cartazes ou quaisquer outros suportes que normalmente são utilizados em campanhas eleitorais.

 

Disputam com Temer a presidência da Câmara os deputados Aldo Rebelo, Ciro Nogueira (PP/PI) e Osmar Serraglio (PMDB/PR). Esquivando-se de polemizar sobre seus concorrentes, o peemedebista disse que essas candidaturas são "normais e naturais".

 

Temer descartou a hipótese de a falta de consenso na disputa pela presidência do Senado contaminar a eleição na Câmara. Segundo ele, são processos independentes e que não interferem entre si. O atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB/RN), se lançou candidato e quer garantir sua manutenção no cargo.

 

Já o PT insiste no nome do senador Tião Viana (PT/AC) que, da sua casa em Rio Branco, tem disparado correspondências e telefonemas para todos os colegas eleitores. Otimista, Tião disse que "já conta com 52 votos a seu favor". Ontem ele distribuiu uma carta aos 81 senadores pedindo votos.

 

Sem querer revelar os apoios dos partidos costurados em torno de sua candidatura, o senador afirma que reuniu votos nos principais partidos tanto da base aliada como da oposição.

 

A candidatura de Garibaldi está sendo questionada, pois o regimento da Casa não permite a reeleição do presidente na mesma legislatura. O peemedebista argumenta que assumiu o cargo na vaga do senador Renan Calheiros (PMDB/AL), para um "mandato-tampão", e isso lhe daria o direito de concorrer novamente.

 

Assim como Garibaldi, Tião só desembarca em Brasília na próxima segunda-feira, quando irão buscar o voto dos indecisos.









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