Brasília, segunda-feira, 21 de março de 2011 - 13:33
SERVIÇO PÚBLICO
Governo investirá R$ 4,5 bilhões até 2014 para saúde das mulheres
Fonte: Blog do Planalto
“Primeiro, nós vamos garantir exames preventivos e de boa qualidade para todas as mulheres entre 25 e 59 anos. São as mulheres dessa idade as que mais precisam”, afirma Dilma
A mobilização do governo entorno da melhora da qualidade aos serviços de prevenção, de diagnósticos e de tratamento do câncer de mama e do câncer do colo do útero marcou a entrevista da presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (21), ao programa ´Café com a Presidenta´, transmitido pela Rádio Nacional.
A presidenta informou que nesta terça-feira (22), lançará em Manaus (AM) série de ações que permita o tratamento da doença.
O país terá uma rede de saúde para as mulheres, com investimento de R$ 4,5 bilhões.
"Eu não me canso de repetir: sei, por experiência própria, que o câncer tem maior chance de cura quando é tratado no início. E é para isso que o meu governo está trabalhando. Queremos que toda mulher tenha oportunidade de se cuidar, fazendo a prevenção bem feita. E se a doença, mesmo assim aparecer, queremos que toda mulher possa fazer o melhor tratamento possível, no tempo certo e com qualidade."
Leia entrevista abaixo:
O apresentador do programa, Luciano Seixas, indagou sobre o que seria feito, na prática, por exemplo, para aumentar o controle do câncer do colo do útero.
"Primeiro, nós vamos garantir exames preventivos e de boa qualidade para todas as mulheres entre 25 e 59 anos. São as mulheres dessa idade as que mais precisam. Uma das coisas que vamos fazer é incentivar os laboratórios a trabalharem dentro dos padrões internacionais de qualidade. Eles vão receber orientação e o dinheiro para isso. Um exame bem feito já é meio caminho andado. Outra coisa: vão ser implantados 20 novos centros especializados no diagnóstico e no tratamento da fase inicial do câncer do colo do útero nos estados do Norte e do Nordeste. Os hospitais vão ampliar e também vão instalar serviço para tratamento de câncer – radioterapia e quimioterapia, por exemplo. Dessa forma, as mulheres vão ter mais acesso ao tratamento e, Luciano, mais perto de casa."
A presidenta informou também que a mesma mobilização se dará para a questão do câncer de mama.
A ideia é que "os hospitais ofereçam tratamento para todo tipo de câncer, mas o de mama é um dos principais porque, como eu disse, é o mais comum nas brasileiras, e daí o nosso esforço". E seguiu: "olha, no controle do câncer de mama, a grande prioridade é a prevenção. Para isso, temos que resolver o problema dos equipamentos de mamografia."
"A situação hoje é a seguinte: o Brasil tem mais de quatro mil mamógrafos, metade deles na rede pública. É uma quantidade mais que suficiente para garantir que as mulheres entre 40 e 69 anos façam os seus exames no prazo certo. Tem um problema que eu tenho o compromisso de resolver: é que muitos desses equipamentos estão parados, com baixa produção ou até encaixotados. Então, a minha primeira orientação foi para que o Ministério da Saúde fizesse uma vistoria em todos os equipamentos de mamografia. O Ministério está organizando uma força-tarefa junto com os estados e os municípios para assegurar que todos os mamógrafos estejam em perfeito funcionamento. É essa a condição para que as mulheres tenham acesso ao exame. Queremos todos os mamógrafos funcionando o mais rapidamente possível."
No programa, a presidenta Dilma Rousseff que "uma das providências do governo será a instalação de novos 50 centros para confirmação do diagnóstico com biópsia, quando necessário".
Segundo ela, os centros começam a ser montados nos estados onde há menos oferta desse tipo de serviço especializado. "E vamos criar 32 novos serviços especializados para radioterapia e quimioterapia, e atualizar os equipamentos de 48 serviços em todo o Brasil", afirmou.
"É como eu disse: vamos investir na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer do colo do útero e do câncer de mama. Você, que está nos ouvindo, saiba que até 2014 teremos uma rede de saúde mais preparada e mais completa, capaz de dar um atendimento de boa qualidade às mulheres. E, para chegar lá, o governo vai investir R$ 4,5 bilhões."
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