O governo do Distrito Federal acaba de fechar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento de R$ 260 milhões para a compra de 12 novos trens para o metrô do DF. Com 48 carros a mais, a capacidade de transporte do metrô chegará a 300 mil passageiros por dia, o dobro dos 150 mil usuários beneficiados atualmente com os 20 trens em operação.

Além da redução do tempo de espera dos brasilienses nas estações, o governador José Roberto Arruda ressaltou que as encomendas, que serão entregues de março a dezembro de 2010, garantirão 3 mil postos de trabalho na Mafersa, empresa de São Paulo que fabricará os trens.

"O presidente Lula tem demonstrado preocupação com as 4 mil demissões anunciadas pela Embraer. Só as nossas encomendas garantirão 3 mil empregos. Isso, especialmente neste momento de crise e de demissões, faz toda a diferença", reforçou Arruda.

A linha de financiamento deve entrar na reunião de diretoria do BNDES da próxima semana. A expectativa do governador é que o contrato seja assinado no prazo máximo de 30 dias com o presidente Lula, no Palácio do Planalto ou na fábrica. Os últimos detalhes da negociação foram acertados ontem com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na sede da instituição, no Rio de Janeiro.

Também está sendo negociada a liberação de R$ 680 milhões para dar prosseguimento à linha do metrô para outras regiões. Será construída a primeira estação na Asa Norte (em frente ao Hospital Regional), duas em Ceilândia (Setor O) e duas em Samambaia (Setor Urbano Leste). Segundo o governador, o processo está em fase bem avançada.

O financiamento de R$ 860 milhões para o metrô local já havia sido liberado no dia 6 pelo presidente Lula. Arruda também aproveitou o encontro com o presidente do BNDES para pleitear um crédito de R$ 580 milhões para tirar do papel o projeto do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), linha rápida de ônibus igual à existente em Curitiba, que ligará o Gama a Samambaia.

Centro administrativo
As negociações para o financiamento de R$ 500 milhões para as empresas Odebrecht e Via Engenharia, consórcio vencedor para execução das obras do novo centro administrativo do GDF, também estão bem adiantadas, segundo Arruda. "É a primeira PPP (Parceria Público-Privada) do Brasil neste volume", ressaltou. As obras estão previstas para começar em abril.

As empresas vencedoras da licitação serão responsáveis por construir um complexo formado por 14 edifícios, além do prédio da governadoria e de um centro de convenções. Segundo a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), o investimento privado ultrapassa a quantia de R$ 2 bilhões.

Também está sendo negociada a liberação de cerca de R$ 110 milhões para a compra de 550 ônibus novos para o DF pelas empresas de transporte público na capital federal. A frota atual tem 2,4 mil ônibus. "Quando assumimos o governo, todos os ônibus eram velhos. Em dois anos, compramos 1,5 mil ônibus zero quilômetro na raça. Agora, as empresas estão fazendo a parte delas", observou Arruda.

Dinheiro extra
Recursos que estão sendo negociados pelo GDF com o BNDES

Novos trens
Foram garantidos R$ 260 milhões para a compra de 12 trens ou 48 carros para o metrô, que passará a transportar 300 mil passageiros por dia, o dobro dos 150 mil usuários beneficiados atualmente.

Expansão
Estão em negociação R$ 680 milhões para prosseguimento da linha do metrô para a Asa Norte, Setor O (Ceilândia) e expansão da estação em Samambaia.

VLP
R$ 580 milhões seriam destinados para o projeto Veículo Leve sobre Pneus (VLP), linha rápida de ônibus que ligará o Gama a Samambaia.

Centro Administrativo
A obra custaria R$ 500 milhões. O crédito para a construção é pleiteado pelas empresas Odebrecht e Via, que venceram a licitação da obra.

Ônibus
Cerca de R$ 110 milhões estão em negociação para a compra de 550 ônibus novos pelas empresas de transporte público na capital federal.